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DJ NATO PK >> NO LARGO >> GRATUITO
Sobre DJ Nato_PK
@djnato_pk tem 28 anos de carreira, Beat Maker e produtor, ficou conhecido pelo trabalho juntamente com MC Enézimo no Selo De Hip-Hop do ABC Paulista, chamado @paudedaemdoido.
Fez parte da primeira Orquestra de Beatmakers do mundo a "Beat Brasilis Orquestra" e trabalha nos palcos ao lado de nomes como Rodrigo Ogi, Liège, Thiago Jamelão e Max B.O.
Já trabalhou também com a cantora Ana Cañas na tour do disco Todxs.
Nos bailes e pistas, além de seu trabalho solo, Nato_PK faz parte projeto @sodiscosalva, juntamente @djzeromacgaren. Em atividade a 7 anos, o projeto valoriza a pesquisa, mixagem e discotecagem somente com discos de Vinyl.
Produzindo desde 2001, tem 04 discos lançados sendo dois desses em Vinil 12".
Contribuiu com suas produções e scratches para trabalhos musicais de Patrícia Marx, Emicida, Bemti e Tuyo, Rappin´Hood, Rodrigo Ogi, Chuck-D (Public Enemy), MV Bill, DJ Hum, MC Bivolt, Projetonave, BNegão, entre outros.- Sex 26/04 18h30 - NO LARGO//GRATUITO
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DOUGLAS GERMANO, KIKO DINUCCI E RODRIGO CAMPOS // PAULO VANZOLINI 100
No mesmo dia em que completaria 100 anos, os músicos e compositores Douglas Germano, Kiko Dinucci e Rodrigo Campos celebram a memória de Paulo Vanzolini intercalando composições próprias e músicas de Vanzolini, um dos principais nomes do samba paulista.
abertura da casa 19h30- Qui 25/04 21h30
- Sex 26/04 22h00
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CANTOS DE ORIGEM >> PORÃO
Abertura porão 20h30
"Cantos de Origem" (2023), primeiro álbum de Jéssica Areias e Cauê Silva é uma oferenda, uma reverência ao movimento de resistência ancestral da união das culturas Afro/Bantu/indígenas, oriundas do encontro entre as sonoridades das regiões Congo/Angola e Brasil.
Após o show de lançamento no Centro Cultural São Paulo (CCSP) e uma turnê pelas cidades do interior de São Paulo, o espetáculo "Cantos de Origem" está de volta à capital. Os músicos se apresentam no dia 26 de abril na Casa de Francisca. A apresentação vai trazer as canções do álbum, lançado em 2023, que conta com músicas autorais, parcerias e algumas releituras de cantigas populares e folclóricas da cultura afro, bantu e indígena.
Na ocasião, Jéssica Areias e Cauê Silva recebem o grupo indígena Yamititkwa Sato, da etnia Fulniô (PE). Formado por Txalê Fowá, Wadja, Twlkya e Doyá, o grupo participou das gravações do álbum "Cantos de Origem" na faixa "Féa Hia - Saudações aos Povos Originários", onde cantam a cantiga na sua língua mãe, o Yathê.
Sobre os músicos:
Cauê Silva - Percussionista autodidata e capoeirista Brasileiro, oriundo do candomblé. Cauê é licenciado em Educação Física pela FEFISA. Integrante dos grupos: "Höröyá" e do bloco "Os Capoeira", em que ministra o curso de percussão junto com Mestre Dalua, Felipe Roseno e Contramestre Leandrinho. Acompanhou as cantoras: Mariene de Castro, Mariana Aydar, Luê, Uly Costa, Beatriz Rodarte, Nara Couto, Lívia Mattos, Laetícia, Elza Soares, Lia Paris, Xênia França, Márcia Castro, Verónica Ferriani e Giana Viscardi com quem viajou para Europa em duas turnês e para África. Acompanha as/os Cantorxs: Jéssica Areias, Luedji Luna, Virgínia Rodrigues, Tiganá Santana, Roberto Mendes, entre outros, além de integrar a banda do projeto "Bitita - As composições de Carolina Maria de Jesus".
Jéssica Areias - Cantora, compositora e preparadora vocal Angolana. Dona de uma personalidade musical bastante eclética, reúne na sua bagagem um misto de influências, que vão das suas raízes africanas ao fado e do jazz à MPB. Jéssica é licenciada em educação musical (Fpa) e pós-graduada em regência coral (Fpa) e Pedagogia vocal (Fasm). Há 13 anos no Brasil, tem dois álbuns autorais lançados em todas as plataformas digitais, Olisesa (2014) e Matura (2021). Em 2022, fez o show de lançamento presencial de Matura na Casa de Cultura Os Capoeira e integrou o projeto Brasil – Angola ao lado de Tiganá Santana, duas noites de show no Sesc 24 de Maio. Em 2023 apresentou matura no Festival Oferendas em Salvador, no Sesc Pelourinho, Pompeia, e Santo André.- Sex 26/04 21h30 - PORÃO
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ALMOÇO & MÚSICA // LA GUACAMAYA
Misturando ritmos tradicionais e sons urbanos, os shows de La Guacamaya proporcionam uma viagem sonora dançante, que percorre cultura, ancestralidade, contemporaneidade e poesia, inspirada com muito calor e paixão, pelo universo da Cumbia e seu trânsito livre na região de Abya Yala (América), especialmente na parte latina.
A banda leva o nome pelo qual é chamada, em vários países, a Arara, animal presente em toda a parte tropical do nosso continente, e une integrantes da Argentina, Uruguai, Chile, Venezuela e Brasil, celebrando diversidade em sua formação e mostrando que essa ave, plana acima das fronteiras impostas entre os povos latinoamericanos. Povos que se unem através do balanço da Cumbia, ritmo original da Colômbia, já consagrado em diversos países latinos, e que vem conquistando seu espaço entre o público brasileiro, encantando a plateia a cada edição dos bailes de La Guacamaya.
Com um repertório cuidadosamente selecionado, recheado de grandes êxitos do gênero e uma formação composta por güiro, congas, bongo, timbales, clarinete, sax alto, trompete, guitarra, baixo, violão e duas vozes, a banda une o instrumental e a canção em interpretações poderosas que fazem a pista de dança ¨prender candela!¨
O show tem influências das Cumbias clássicas e modernas, bem como da Cumbia Chicha e de outros gêneros, como Reggaeton, Forró e Carimbó, e tem tido uma ótima recepção pelo público nas festas pela qual a banda já passou e no baile semanal realizado toda quarta-feira no Centro Cultural Afrika, sempre fazendo o público dar tudo de si e descer até o chão.- Sáb 27/04 12h00 - 1ª SESSÃO - 12h às 14h30
- Sáb 27/04 15h00 - 2ª SESSÃO - 15h às 17h30
- Dom 28/04 12h00 - 1ª SESSÃO - 12h às 14h30
- Dom 28/04 15h00 - 2ª SESSÃO - 15h às 17h30
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RODA DO FIOS DE CHORO >> LARGO
No dia 27 de abril, a Casa de Francisca, antiga sede da Rádio Record nos anos 40 e 50, será palco de uma roda de choro especial. O evento celebra o Dia do Choro, em homenagem ao nascimento de Pixinguinha, e reúne o grupo Fios de Choro e convidados que marcaram a trajetória do grupo.
A roda de choro é uma forma de homenagear esses grandes nomes e celebrar a tradição do Choro. O evento será realizado na rua, em frente à Casa de Francisca, para que todos possam ter acesso à música. A entrada é franca e livre para todos os públicos.
Há 70 anos, em 23 de abril de 1954, Pixinguinha se apresentou na Rádio Record no primeiro Festival da Velha Guarda, apresentado pelo Almirante. Jacob do Bandolim era outra presença constante no palacete. A roda de choro na Casa de Francisca é uma forma de reviver essa época e celebrar a importância do Choro na música brasileira.
Rafael Esteves - Bandolim
Conrado Bruno - Trombone
João Pellegrini - Violao 7 Cordas
Igor Nikolai - Cavaquinho
Allan Gaia Pio - Percussão
Nathalie Magalhães- Percussão- Sáb 27/04 16h30 - NO LARGO//GRATUITO
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Mestre Siqueira e Paulão 7 Cordas // PIXINGA
Um tributo ao Pizindin e outros nomes do Choro.
Em um espetáculo musical inédito, Mestre Siqueira e Paulão 7 Cordas fazem uma homenagem a um dos principais nomes da música popular brasileira: Pixinginha.
Pensado com exclusividade para a Casa de Francisca, o show reúne no repertório músicas de Pixinguinha e de outros compositores e compositoras fundamentais do Choro, além de peças compostas pelo cavaquinista pernambucano Mestre Siqueira. O espetáculo conta com direção musical e roteiro de Paulão 7 Cordas.
Os dois sobem ao palco ao lado dos talentosos músicos Morgana Moreno (Flauta), Henrique Araújo (Cavaquinho) e Rafael Toledo (Violão).
Com:
- Mestre Siqueira
- Paulão 7 Cordas
- Henrique Araújo
- Rafael Toledo
- Morgana Moreno
Mestre Siqueira
Cavaquinista e compositor pernambucano é um dos ícones do choro e do Samba. Acompanhou nomes como Cartola e Pixinguinha.
Paulão 7 Cordas
Com mais de 40 anos de carreira, Paulão.7 Cordas já trabalhou com nomes como Dona Ivone Lara, Zé Keti e Beth Carvalho. Trabalha há mais de 20 anos como diretor musical do sambista Zeca Pagodinho.
abertura da casa 20h- Sáb 27/04 22h00
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SAMBA DO AGUIDÁ >> NO LARGO
A identidade Negra através das manifestações culturais africanas e afro-brasileiras, promovem a cultura do samba para todos os públicos. O alguidar é uma tigela de barro , redonda em que o diâmetro da boca é maior do que o seu fundo . Dentro das religiões de matriz africana é uma ferramenta extremamente importante para os trabalhos religiosos. Sua simbologia nos remete ao ato de Ofertar, Doar, Coletivizar. O objeto escolhido para batizar o Samba do Aguidá.
Criado em 2019 na região central de São Paulo com objetivo de resgatar a história do samba e através dela promover o orgulho de nossa ancestralidade. Descendentes de negros africanos músicos e amigos de longa data.
Um nome que carrega uma homenagem as nossas raízes que lembra da força e do legado dos povos africanos e traz uma mensagem de tolerância e respeito
Em nossas rodas ao longo desses 5 anos o AGUIDÁ fica sobre a mesa e o público é convidado a doar notas e moedas, o dinheiro é revertido inteiramente para causas sociais.
Demonstrando que o samba é mais que um ritmo musical, mas um local de construção de laços identitários de comunhão e solidariedade.- Dom 28/04 16h30 - NO LARGO//GRATUITO
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DORIVAL CAYMMI 110 - 30/04 a 03/05
- Ter 30/04 20h00 - "DORIVAL CAYYMI // UM HOMEM DE AFETOS" - FILME + BATE PAPO com a diretora DANIELA BROITMAN >> NO CINE-TEATRO / PORÃO
- Ter 30/04 22h00 - BAILE DO CAYMMI - Orquestra HB, Fabiana Cozza, Graça Cunha e Guga Stroeter >> SALÃO PRINCIPAL (em pé / sentado)
- Qua 01/05 22h00 - DANILO CAYMMI >> SALÃO PRINCIPAL
- Qua 01/05 22h00 - BNEGÃO CANTA DORIVAL CAYMMI >> NO CINE-TEATRO / PORÃO
- Qui 02/05 21h30 - DORI CAYMMI participação RENATO BRAZ >> SALÃO PRINCIPAL
- Sex 03/05 22h00 - DORI CAYMMI participação RENATO BRAZ >> SALÃO PRINCIPAL
- Sex 03/05 22h00 - RODRIGO CAMPOS E ROMULO FRÓES >> NO CINE-TEATRO / PORÃO
- Qua 08/05 21h30 - ALICE CAYMMI >> SALÃO PRINCIPAL
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"DORIVAL CAYYMI // UM HOMEM DE AFETOS" - FILME + BATE PAPO com a diretora DANIELA BROITMAN >> PORÃO
Filme + Bate papo >> Porão >> 20h
Para lançar o novo documentário "Dorival Caymmi - Um Homem de Afetos", a cineasta Daniela Broitman optou por uma data especial: o filme entra em cartaz no dia 25 de abril, na semana em que o cantor e compositor completaria 110 anos. Em celebração ao aniversário de um dos maiores nomes da música brasileira, a diretora, roteirista e produtora do filme também idealizou um evento que acabou se tornando uma grande ocupação. Com curadoria colaborativa de Rubens Amatto, idealizador da Casa de Francisca, a dupla criou uma programação especial entre 30 de abril, dia do nascimento de Caymmi, a 2 de maio. "Dorival Caymmi – Um Homem de Afetos" é uma realização da Videoforum Filmes, com coprodução da Spcine e Canal Brasil, e distribuição da Descoloniza Filmes.
A comemoração ocupará os dois andares da Casa de Francisca – o recém-inaugurado cineteatro, o salão do primeiro andar, o bar e o largo em frente à casa. Para abrir o evento, o filme será exibido no dia 30 (terça-feira), seguido de um bate-papo com a diretora. Enquanto isso, para completar a grande noite, no primeiro andar a Orquestra HB agita o Baile Caymmi com Fabiana Cozza, Graça Cunha e Guga Stroeter.- Ter 30/04 20h00 - PORÃO
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BAILE DO CAYMMI
BAILE DO CAYMMI - Orquestra HB, Fabiana Cozza, Graça Cunha e Guga Stroeter
Orquestra HB e Guga Stroeter convidam Fabiana Cozza e Graça Cunha e apresentam show baile com 21 sambas e afoxés de Caymmi, num repertório que investiga a universalidade desses temas regionais.
A ligação entre Guga Stroeter e a obra de Dorival Caymmi remontam ao final dos anos 80. Ainda muito jovem, Guga foi convidado para fazer esse a direção musical do 1º prêmio Sharp de música brasileira, onde o tema era Caymmi. Para tanto, participou da estruturação do roteiro e criação de arranjos para intérpretes como Elizeth Cardoso, Emílio Santiago, Alcione, Marília Pera, Marisa Monte, entre outros (além do próprio Dorival que não só cantou como supervisionou o trabalho). Guga pesquisou a vida e a obra, a discografia e songbooks e a literatura disponível a respeito do bom baiano.
abertura da casa 19h30- Ter 30/04 22h00 - em pé/sentado
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DANILO CAYMMI
Cantor, compositor e arranjador, Danilo Candido Tostes Caymmi nasceu no RJ, em 1948. Ganha seu primeiro instrumento musical, uma flauta doce, e começa a tocar intuitivamente, em 1962, e posteriormente estuda flauta transversa com o professor Lenir Siqueira e violão com o irmão Dori.
Aos 15 anos participou pela primeira vez de um estúdio da gravação como flautista do antológico disco "Caymmi visita Tom e leva Nana, Dori e Danilo", em 1964. Tem seu trabalho de compositor registrado pela primeira vez por Mário Castro Neves, com a gravação das musicas De Brincadeira e Candomblé ambas em parceria com Edmundo Souto, em 1967.
Cursando ainda a faculdade de Arquitetura na UFRJ participa do III (3º) Festival Internacional da Canção Popular com Andança, que faz em parceria com Paulinho Tapajós e Edmundo Souto interpretada por Beth Carvalho e Golden Boys e classificada em 3º lugar. Vence o Festival de Juiz de Fora com Casaco Marrom (parceria com Renato Corrêa e Gutemberg Guarabira). Ambas, Andança e Casaco Marrom se tornaram grandes sucesso e permaneceram na memória coletiva como clássicos da MPB. A música faz com que ele abandone a faculdade de Arquitetura.
No início dos anos 70, na Pró-Arte - Rio de Janeiro estuda flauta transversa com Odete Ernest Dias. Em 1973, começa a atuar como músico em gravações e shows de Edu Lobo. Como instrumentista virtuose Danilo Caymmi participou dos mais importantes discos dos anos 1970 enfeitando trabalhos alheios de: Gonzaguinha, Simone, Milton Nascimento, Clube da Esquina, Chico Buarque, Simone, Tom Jobim, entre outros.
Integra a Banda Nova a convite de Tom Jobim inicialmente como flautista e posteriormente convocado pelo maestro passa também a cantar, de 1983 a 1994. Participa dos shows de Tom como músico pelo mundo: no Carnegie Hall, NY, no Avery Fisher Hall Lincoln Center, NY, no Constitution Hall, em Washington DC, e no Festival de Montreux, na Suiça. Além de participar de shows no Greek Theater, de Los Angeles, e no Hibiya yahai Ongakudo, em Tóquio; no Palais de Beaux Arts, em Bruxelas, Bélgica e no Teatro Rex, Paris, Jerusalém e Israel. Com Tom Jobim além de trabalhar como músico ele fazia também a direção dos shows do maestro.
Dirige e participa do concerto beneficente para a Rain Forest Foundation com participação de Sting, Caetano, Gil, Elton John, no Carnegie Hall, NY, em 1991.
Danilo Caymmi é autor das trilhas sonoras de novelas e minisséries: Riacho Doce (parceria com Dudu Falcão), Tereza Batista (parceria com Dorival Caymmi), Corpo e Alma e Mulheres de Areia, entre outras. É autor de vários trabalhos entre Lps, discos e CDS.
abertura da casa 20h- Qua 01/05 22h00
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BNEGÃO CANTA DORIVAL CAYMMI >> PORÃO
Abertura porão 20h
Até hoje me lembro da sensação completamente sem precedentes que senti quando a música daquele disco começou a sair pelas minhas caixas de som. Foi uma situação pela qual eu realmente nunca havia passado, de forma tão profunda, botando um simples vinil na vitrola.
Ainda me lembro onde eu estava e de detalhes daquele início de noite, no Rio de Janeiro, na segunda metade dos anos 80, tal foi o impacto daquilo dentro de mim.
O disco era "Caymmi e Seu Violão", que eu, inocentemente, e completamente sem bula, adquiri num sebo qualquer do centro da cidade, muito barato, sem nenhuma indicação.
Achei que seria um disco de voz e violão "padrão", calmo, leve, brejeiro, daqueles pra ouvir no pôr do sol, deitado na rede e tomando água de coco (tudo que eu já tinha ouvido falar sobre Dorival Caymmi, me conduzia a essa visão estereotipada, a essa ideia). Com esse pensamento em mente, deitei no chão do meu quarto, com as luzes apagadas, pra curtir a experiência.
Ocorre é que quando a agulha singrou pelos sulcos daquele velho vinil, o que aconteceu foi como se eu tivesse sido jogado em uma jangada, em pleno mar aberto, à deriva, tentando sobreviver e me manter inteiro, até o final daquilo tudo.
Me lembro do coração na boca... a sensação de perigo... o frio na espinha... lágrimas... arrepios, a sensação do vento marítimo.... alívio... emoção pela beleza, pela tristeza... tudo profundo, muito profundo, como o mar. Senti naquelas músicas o poder de me transportar pra dentro daquele universo, como se fosse um portal, há muito esquecido.
Passei a ouvir aquele disco, de tempos em tempos, como se fosse um tipo de ritual. E as músicas sempre soaram pra mim como se fossem mantras, rezas, orações... de forma que aquilo tomou um lugar intocável e incontestável, aqui, dentro do meu coração.
E essa emoção segue praticamente intacta a cada audição dessas gravações, um capítulo à parte, seja dentro da música mundial, seja dentro da música brasileira ou mesmo dentro da própria obra dessa entidade conhecida pelo nome de Dorival Caymmi.
Faz alguns anos que estou tomando coragem pra entrar nesse mar, ora calmo, ora revolto, ora límpido, ora misterioso. Mas, desta vez, como condutor.
Transcendência, dor, alegria, solidão, sublimação...
Tudo isso está presente neste conjunto de canções, nestas lendárias "Canções Praieiras" e em outras que Caymmi compôs sobre o mar e seus mistérios.
E levar tudo isso ao palco é a principal missão para a qual eu convoquei meu irmão Bernardo Bosisio (que já trabalhou com nomes como Paulo Moura, Márcio Montarroyos, Ed Motta, Virgínia Rodrigues e Arthur Verocai, entre outros).
A ideia, a intenção, não é a invenção nem a inovação (características que sempre busquei dentro da minha caminhada musical), mas sim uma CONVOCAÇÃO daquelas energias e daquela beleza perigosa... apenas com uma voz e um violão... para que nós possamos/consigamos transportar as pessoas (que venham a se aventurar conosco) para aquele mesmo barquinho, àquela mesma jangada, para a qual aquele garoto de 16 anos foi levado. E nunca mais esqueceu, desde então.
Sejam bem-vindos.- Qua 01/05 21h30 - NO CINE-TEATRO / PORÃO
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DORI CAYMMI convida RENATO BRAZ
Filho de Dorival Caymmi e Stella Maris e irmão de Nana e Danilo Caymmi, desde a infância estudou piano, violão e teoria musical. Seu primeiro trabalho como profissional foi acompanhar a irmã Nana ao piano. Suas influências principais foram a música de Dorival Caymmi, João Gilberto, Tom Jobim e o norte-americano Barney Kesser.
Ainda jovem, começou a compor trilhas sonoras para programas de televisão e peças de teatro. Nos anos 60 foi também produtor arranjador e diretor musical, dirigiu o Show Opinião com Nara Leão, Zé Keti e João do Vale. Sua atuação como compositor é destacada, e nos festivais dos anos 60 teve músicas defendidas por MPB-4 ("Cantigo"), Nana Caymmi ("Saveiros", com Nelson Motta) e Elis Regina ("O Cantador", com Nelson Motta) alem de parceria com Chico Buarque e Paulo César Pinheiro como um de seus principais parceiros.
Nos anos 70 trabalhou mais as trilhas para cinema e televisão, e na década de 80 a convite do Quincy Jones, dedicou-se mais ao mercado norte-americano, onde passou a trabalhar como arranjador e compositor, radicado em Los Angeles. Sua maneira de tocar violão, com afinações pouco convencionais, e suas harmonias criativas o projetaram internacionalmente. Outros de seus sucessos foram "De Onde Vens" (com N. Motta), gravada por Elis e Nara Leão, e "Festa", gravada por Jair Rodrigues, Elis e Sergio Mendes, "Saudade de Amar" (com Paulo César Pinheiro) gravada por Nana Caymmi, ganhou Grammy de melhor canção brasileira.
abertura da casa 19h30- Qui 02/05 21h30
- Sex 03/05 22h00
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RODRIGO CAMPOS E ROMULO FRÓES >> PORÃO
Abertura do porão 20h
Disco lançado ano passado por Romulo Fróes e Rodrigo Campos, "Elefante" tem seu próprio ritmo, divaga sobre o tempo histórico e a condição humana de maneira lenta, colocando uma lente de aumento nas pausas e hiatos propostos pela arte e pela vida. E por isso mesmo dialoga com a obra de Dorival Caymmi, um dos pioneiros na estética minimal na música brasileira. Com esse cruzamento filosófico, Romulo e Rodrigo apresentam canções de "Elefante", intercaladas a alguns clássicos do cancioneiro nacional compostos por Caymmi.- Sex 03/05 21h30 - PORÃO
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ALMOÇO & MÚSICA // GRAND BAZAAR
Instigados pela música de diversas regiões do leste europeu e balkans, o Grand Bazaar faz um passeio festivo e dançante por estilos como klezmer, tarantella, fanfarra, jazz manouche e música cigana. Com apresentações cheias de energia, humor e alegria contagiante, o grupo convida todos a uma celebração coletiva, misturando culturas, temperos e sotaques: a música árabe e a judaica, o folclore e o jazz-rock, momentos de explosão e contemplação.
- Sáb 04/05 12h00 - 1ª SESSÃO - 12h às 14h30
- Sáb 04/05 15h00 - 2ª SESSÃO - 15h às 17h30
- Dom 05/05 12h00 - 1ª SESSÃO - 12h às 14h30
- Dom 05/05 15h00 - 2ª SESSÃO - 15h às 17h30
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Ayrton Montarroyos canta Caetano
Ayrton Montarroyos apresenta repertório e reinventa canções de um dos maiores compositores da música brasileira, na voz de um intérprete que vem se consolidando como um dos principais do país, segundo jornalistas especializados em música como Lucas Nobile, Zuza Homem de Melo, Mauro Ferreira e Pedro Só.
Fazem parte do show as descobertas "Cobra Coral" e "A Voz do Morto", clássicos como "Força Estranha" e "O Amor" e interpretações vibrantes de "Tropicália", "Um Índio" e "Esse Cara".
Acompanhado pelos multi-instrumentistas Rodrigo Campos (guitarra, violão e cavaquinho), conhecido e premiado compositor e músico paulistano, e Arquétipo Rafa (sintetizador, percussão e bateria), Ayrton apresenta cerca de 30 canções que fazem parte da história do país.
abertura da casa 20h- Sáb 04/05 22h00
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ALICE CAYMMI
A reconstrução do mundo. Muitos morreram, muitos se eternizaram, muitos nasceram. E agora de onde vai partir a recriação? A caravana vai passar cheia de vida e de idéias por todo o Brasil. Vamos circular dois shows diferentes dentro dessa nova fase e dessa nova personagem.
Um show voz e violão bastante intimista, meditativo e autobiográfico. Vou contar minha trajetória e o meu ponto de vista sobre ela.
Abertura da casa 19h30- Qua 08/05 21h30
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JUÇARA MARÇAL // FESTA DEB RMX + DJ MBÉ >> PORÃO
Abertura porão 19h30
Juçara Marçal faz show de seu disco Delta Estácio Blues. O álbum tem produção musical de Kiko Dinucci e traz forte presença de Juçara como compositora em todas as etapas e processos de criação: nas colagens eletrônicas que levaram às bases das músicas; letras, melodias, parcerias e poesias; nas variações e investigações que realiza sobre o próprio canto e voz.
DEB traz parcerias com Rodrigo Campos, Maria Beraldo e Douglas Germano, além de composições de Siba Veloso e Tulipa Ruiz. Um disco e um show que abordam a música eletrônica fora dos clichês e gêneros já conhecidos, propondo novos cenários e investigações rítmicas. A banda é formada por Kiko Dinucci, sampler e guitarra, Marcelo Cabral, baixo e synth e Alana Ananias, bateria e sampler.
Em 2022 Juçara lançou o EP DEB, com quatro músicas que não entraram no disco. E agora em 2024, acaba de lançar o DEB RMX, com 15 remixes das músicas dos álbuns Delta Estácio Blues e EP DEB, remixadas por artistas expoentes da música eletrônica de diversos lugares do Brasil e também do exterior. DEB RMX vai do funk ao tecno, do amapiano ao industrial, apresentando um panorama diverso, marcado por processos de reconstrução e reinvenção das faixas originais.
No Porão da Casa de Francisca, Delta Estácio Blues vira uma festa, com o dj Mbé (responsável por um dos remixes do novo álbum) fazendo o baile logo após o show, com seu set altamente dançante.
MBÉ (DJ)
Mbé, palavra que vem do yorubá e significa "ser e existir", é a persona do artista, pesquisador, produtor musical e engenheiro de som carioca, Luan Correia. Seu projeto parte de uma pesquisa e da síntese criativa entre fósseis tecnológicos, utilizados como ferramentas de comunicação com o passado e o futuro. Em ROCINHA, seu primeiro álbum, Mbé constrói paisagens cinematográficas com os fragmentos sonoros da diáspora e do continente africanos. O disco foi produzido por Bernardo Oliveira e pelo próprio Mbé e foi lançado em 2021 pelo QTV Selo. Mbé participou da trilha-sonora original do espetáculo de dança "Muyrakytã", com o Balé da Cidade de São Paulo e do filme "Grande Sertão: Veredas", de Guel Arraes — ambos em parceria com Beto Villares. Criou a trilha sonora do curta-metragem "SOLMATALUA", dirigido por Rodrigo Ribeiro-Andrade, selecionado para os festivais de cinema, Festival do Rio, IDFA (Holanda), entre outros. Realizou em 2021 no Festival Novas Frequências e em 2022 no Festival Mac.Bit a instalação "Poesia de Criolo", uma composição espacial e audiovisual realizada a partir de vozes negras anônimas e não-anônimas, intelectuais de favela e da academia, cruzando-se entre ideias e sonoridades ancestrais e futuristas que ressoam outras formas de ser e existir.- Qui 16/05 21h30 - PORÃO
- Sex 17/05 21h30 - PORÃO